Com programação diversificada e 2.500 participantes, o 13º Congresso Brasileiro de Algodão (CBA) reúne de terça, dia 16, até a quinta-feira, dia 18, no Centro de Convenções de Salvador, todos os setores da cadeia produtiva da pluma para discutir as demandas do mercado algodoeiro no Brasil e no mundo com 121 palestrantes. Organizado pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), traz como tema principal "Algodão brasileiro – desafios e perspectivas no novo cenário mundial".
O Instituto Goiano de Agricultura (IGA) está presente no evento, com toda uma estrutura para atender produtores, pesquisadores e demais agendes da cadeia produtiva do algodão. A equipe do IGA leva resultados de pesquisas no campo, com técnicas e soluções para os problemas da lavoura.
A Agopa também participa do CBA, com uma comitiva formada por diretores e associados, tudo para ficar por dentro dos debates, painéis e demais oportunidades que o evento oferece.
Abertura
Durante a cerimônia de abertura oficial do evento, o presidente, Júlio Busato, ressaltou a força da pluma brasileira. "Estou muito feliz em rever cada um de vocês após três anos de distanciamento. Há muito tempo deixamos de ser um simples mercado de oportunidade e nos tornamos supridores eficientes, oferecendo um algodão sustentável, qualificado, com rastreabilidade, escala e constância", avaliou.
Quarto produtor mundial de algodão, o Brasil tem a meta de alcançar o topo do ranking internacional de exportação da pluma até 2030. Entre os maiores produtores estão Índia, China e Estados Unidos. Cerca de 63% do algodão do país é produzido em segunda safra; 93% em sequeiro, 42% da pluma é licenciada BCI (Better Cotton) e 84% têm certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR). O Brasil é o único no mundo que certifica as unidades de beneficiamento (algodoeiras), totalizando 266 usinas no país, com quase 30% certificadas em 2021.
Ministro da Agricultura, Marcos Montes destacou a participação do agro como segmento impulsionador da economia brasileira. "O Brasil sempre foi um país do olhar para frente. E, junto com ele, o agronegócio respondeu, reagiu e se comprometeu ainda mais com o nosso futuro.
Para a diretora de Agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC), Marième Fall. "A OMC tem particular interesse em supervisionar o comércio internacional do algodão em função das diversas populações ligadas ao setor no mundo inteiro. Nosso compromisso é restabelecer os níveis de igualdade comercial, garantindo que todos os produtores sejam beneficiados", pontuou a diretora. Diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o embaixador Ruy Carlos Pereira defendeu o desenvolvimento alcançado pela cotonicultura nos últimos 20 anos. "Vejo com alegria e satisfação o extraordinário avanço produtivo do segmento".