As diretorias da Agopa, IGA e Fundação Goiás se reuniram em mais uma Assembleia Geral para avaliar, discutir e deliberar sobre as principais pautas deste primeiro semestre. Os encontros ocorreram na sexta-feira, dia 18, na Casa do Algodão, em Goiânia.
A assembleia da Fundação Goiás abriu o dia. Em pauta, a apresentação, deliberação e aprovação da prestação de contas de 2021; a deliberação do órgão fundacional com competência estatutária com indicação da destinação dos bens da Fundação; e a eleição da diretoria para o Biênio 2022/2024. Presidente da Fundação, Carlos Alberto Moresco destaca a transferência da sede da instituição de Santa Helena para Montividiu, o que aproximará os trabalhos da Fundação com os do Instituto Goiano de Agricultura.
Também foi aprovado o destino dos recursos da venda da sede da Fundação em Santa Helena. Estes recursos servirão para aplicação em pesquisas e aquisição de maquinário agrícola. Vice-presidente Regional de Itumbiara, Paulo Kenji Shimohira, considera que os trâmites burocráticos foram superados e o processo está encaminhado.
Agopa
Em seguida, a Assembleia Geral da Agopa colocou em pauta o relatório dos núcleos regionais sobre a situação das lavouras safra 2021/2022; o Projeto Afis do Laboratório da Agopa; e a 19ª Edição do Dia do Algodão 2022. Também foi apresentado o relatório da Audicoop Auditoria a respeito das movimentações financeiras da Agopa; o parecer do Conselho Fiscal de 2021; a apresentação do Relatório Geral das Atividades do Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão – Safra 2021/22; aprovação da Tabela de Preços dos Serviços do Laboratório de Classificação de Algodão; apresentação do Relatório Geral das Atividades do Programa ABR/BCI – Safra 2021/22; entrega do Relatório de Gestão de 2021; e definição da Anuidade e demais contribuições e taxas – Safra 2021/22.
O Projeto Afis constitui a compra de um novo equipamento (Afis) que mede com precisão o conteúdo de fibras curtas de algodão e a incidência de Neps, que são defeitos na regularidade do fio, provocados por fibras mortas de algodão. Este novo equipamento será o primeiro do tipo na América Latina e colocará o Laboratório da Agopa um passo à frente dos demais no Brasil, além de contribuir para a agregação de valor à pluma avaliada em Goiás.
As estações técnicas do 19º Dia do Algodão foram definidas em conjunto com os pesquisadores do Instituto Goiano de Agricultura (IGA). Até o momento, as estações vão tratar do “Uso de Biológicos no Manejo de Pragas e Doenças”; “Influência de Fatores e Práticas de Manejo na Qualidade da Fibra de Algodão”; “Desempenho de Cultivares de Algodão”; e “Manejo de Herbicidas no Sistema Soja-Algodão”. O evento está previsto para o dia 15 de julho, na sede do IGA, em Montividiu-GO.
Os diretores também receberam a visita da assessora parlamentar da Presidência da Assembleia Legislativa, Josie Marçal, para falar sobre o projeto de lei que trata da imunidade de ICMS para exportação indireta da soja e outras culturas.
Carlos Alberto Moresco avalia que, mesmo com uma safra menor e com a alta de preços dos insumos, a Agopa conseguiu gerir bem seus recursos e manter a qualidade dos serviços. A previsão é de uma safra maior e mais amostras de algodão sendo analisadas no Laboratório da Associação, que visa se tornar referência nacional com a aquisição do equipamento Afis.
IGA aumenta produtividade no campo
À tarde, foi a vez do IGA ocupar o espaço para tratar de suas questões. Destaque para a apresentação da nova versão do Aplicativo do IGA, com novas funções e conteúdos voltados para a fitossanidade e comunicação entre o Instituto e os usuários.
Também houve espaço para a prestação dos resultados da safra, o Programa de Validação e Transferência de Tecnologia (PVTT) e o Projeto Empresas, que tem ganhado espaço com mais empresas que contratam os serviços do IGA.
Todavia, um dos principais temas foi a apresentação dos resultados de produtividade nos campos experimentais do Instituto, indicando que os manejos aplicados por meio de seleção insumos como cultivar, fertilizantes, fungicidas, inseticidas e outros, quando realizado o planejamento, culminam em mais assertividade e maior produtividade. Assim, os dados apresentados indicam um crescimento na produtividade dos campos demonstrativos utilizando esta metodologia, desenvolvida no Instituto.
Analisando esta resposta positiva, o IGA propõe novos projetos em diferentes regiões para melhorar o serviço de extensão e validar a metodologia que esteja em conformidade com as condições climáticas de diferentes partes do estado de Goiás, como os ensaios de desempenho de cultivares e estudo de eficiência de defensivos agrícolas para a safra 2022/23 e implementação de campos demonstrativos em fazendas na safra 2023/34.
1º Tesoureiro do IGA, Paulo Kenji Shimohira, avalia como de alta qualidade técnica os ensaios do Instituto, sobretudo sobre a cultura do algodão. “Os tours da soja, milho e algodão são verdadeiros paraísos para produtores que buscam informações aplicáveis às suas lavouras”, afirma. O próximo passo, diz, é melhorar a interlocução entre ciência e prática nas fazendas.
Para o presidente da Agopa e IGA, Carlos Alberto Moresco, os custos de produção aumentaram, mas todos os trabalhos desenvolvidos em pesquisa foram aplicados comercialmente e renderam 10 Sc/ha a mais, saltando de 72 sc/ha para 82 sc/ha em média. “A região colheu menos que ano passado, o que mostra que os resultados das nossas pesquisas têm impactos significantes na lavoura”, pontua.
Diretor Executivo da Agopa e IGA, Dulcimar Pessatto Filho ressalta que as assembleias gerais serviram também para melhor nortear os projetos e ações para o segundo semestre de 2022 e o ano seguinte. “O trabalho de casa está concluído. Preparamos o terreno para as próximas iniciativas. Os processos burocráticos foram concluídos e estamos prontos para colher os frutos do nosso trabalho”, frisa.