Após quase dois anos de espera, começou hoje a terceira etapa do Curso de Capacitação de Classificadores de Produtos de Origem Vegetal – habilitação em algodão, na Agopa. O curso é chancelado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e visa formar novos profissionais especializados na classificação da fibra de algodão.
Esta é a terceira e última fase do curso e tem duração de dez dias. As etapas anteriores ocorreram de forma on-line, devido às restrições causadas pela pandemia de Covid-19. As restrições exigiram ainda que os 60 alunos fossem divididos em três turmas nesta última etapa do curso. Desta forma, ao fim desta primeira turma, outras duas já estão agendadas para concluir a formação e receber o título de classificador de pluma.
A abertura contou com a apresentação do fiscal do Mapa Osmario Zan Matias, que pontuou aspectos legais e normativos da classificação de algodão e a crescente certificação de produtos do primeiro setor no mercado internacional. “O algodão tem suas particularidades e hoje tem sua classificação sacramentada mundialmente, avançando cada vez mais para uma certificação internacional”, salienta. Matias dá como exemplo os recentes avanços da Rússia e China na exigência de certificações para frutas e outros produtos.
Diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho aproveitou o momento para ressaltar a importância dos classificadores de algodão para o sucesso das exportações da pluma brasileira. “A qualidade e confiabilidade da nossa classificação é um dos cartões de acesso aos mercados mais exigentes. Os classificadores têm uma demanda e responsabilidade cada vez maiores dentro da cadeia produtiva mundial de algodão”, frisa.
Para o presidente da Agopa, Carlos Alberto Moresco, o curso de classificadores é fundamental para o avanço do algodão brasileiro. “Há uma enorme demanda por estes profissionais. Os novos classificadores chegam em um momento de maior qualificação da produção nacional, no qual pesam muito a classificação e o rastreamento confiáveis para os compradores internacionais”, explica.
Durante estes dez dias, a formação está a cargo do instrutor José Antônio Sestrem e dos monitores Rhudson Assolari e Vanderlei Santana.