Os derivativos são um instrumento financeiro muito usado por investidores para proteger suas operações ou para lucrar no mercado. Têm preço “derivado” do preço de um ativo, de uma taxa de referência ou até de um índice de mercado. Atualmente, existem derivativos de ativos físicos, como soja ou café, mas também de ativos financeiros, como ações, taxas de juros ou moedas.
Neste sentido, a Casa do Algodão sediou o Treinamento de Derivativos e Mercados Futuros para os Produtores de Algodão e Soja, sob o comando de Gabriel Moreira e Nikolas Toyonaga.
Entre os destaques, a volatilidade e o risco, fatores que impactam os preços, como criar uma estratégia, proposta de valor e aplicação prática (trading game). O treinamento durou toda a manhã de terça-feira, 28 de novembro, e reuniu produtores, agentes de grupos agrícolas, diretores da Agopa, Fialgo e IGA.
Os palestrantes deram exemplos práticos e explicações sobre swaps, opções de derivativos, teoria e na prática de valor intrínseco e extrínseco, teste de estresse, diversificação de portfólio, modelos para gerenciar o risco, estrutura OTC x Bolsa e margem Inicial, entre outras.
Diretor financeiro da Fazenda Santa Fé, Geraldo Marcos considera que o treinamento agregou ao dia a dia do seu trabalho. “Para nós, o principal é conhecer as ferramentas e dinâmica do mercado”, diz. CEO da fazenda, João Beltrame explica que a fazenda está entrando agora no setor do algodão, “e a cultura tem suas diretrizes”.
Presidente da Agopa e IGA, Haroldo Cunha destacou as ferramentas de proteção ao risco de preço que podem ajudar na gestão da venda da pluma, dentro de um mercado altamente volátil. “Fatores como clima, oferta e demanda, produção mundial, taxas de juros, câmbio e ativos de fundos internacionais trazem volatilidade a este mercado, e precisamos saber lidar com isso”, pontua.
Diretor executivo do Fialgo, Raul Maciel Manter afirma que manter os produtores da cadeia do algodão unidos e fomentar a discussão sobre ações de comercialização de commodities são passos importantes. “Essa união fortalece a posição dos produtores nas negociações, facilita a troca de informações e estratégias. Além disso, a colaboração entre os produtores é fundamental para enfrentar desafios comuns, como variações climáticas e logísticas, promovendo o desenvolvimento sustentável do setor agrícola de Goiás”, conclui. O treinamento reuniu 28 participantes de Goiás e estados vizinhos.