Após o hiato causado pela pandemia, o Top Farmers 2021, tradicional encontro anual de produtores, volta a ser realizado presencialmente e on-line em Campinas-SP, dias 1 e 2 de dezembro, com transmissão para todo o Brasil e exterior. O evento é voltado a produtores de soja, milho, café e algodão e conta com a presença do presidente do IGA e da Agopa, Carlos Alberto Moresco, além dos diretores Haroldo Cunha e Paulo Shimohira. Com o tema “Desenvolvendo Competências para o Campo”, o evento visa possibilitar muito conhecimento técnico e de mercado, além de facilitar o networking entre empresários rurais de todo o país.
Esta é a quarta edição do evento. Destaque para as discussões sobre ESG, agricultura 5.0, estresse hídrico e perspectivas para a safra 2021-2022. Quem acompanha de forma digital, seja pelo canal do Grupo Conecta ou por canais parceiros, pode acompanhar todo o conteúdo ao vivo, além de palestras, avaliações e painéis, que ficarão disponíveis por trinta dias.
No primeiro dia do evento, as apresentações falaram sobre a COP-26, mercado chinês e dos Emirados Árabes Unidos, governança e altas produtividades. De acordo com o presidente da Agopa e IGA, Carlos Alberto Moresco, o evento está sendo bastante produtivo, com assuntos variados e o networking positivo. “O foco principal é o ESG (Environmental, Social and Corporate Governance – Governança Corporativa, Social e Ambiental) e a preservação ambiental, além de muitos assuntos ligados à COP 26”, pontua.
Moresco destaca que, em cinco décadas, o Brasil conseguiu desenvolver um modelo de agricultura e pecuária sustentável e produtivo sem paralelo no mundo. A fórmula é transformar solos ácidos e pobres em férteis, tropicalizar variedades de plantas e animais e desenvolver uma plataforma de produção sustentável. “Vemos que produtores conseguem, em um ano, produzir duas safras de grãos e uma safra de gado. Isto é tecnologia brasileira, e nenhum lugar do mundo consegue fazer igual”, ressalta.
Conforme dados da NASA apresentados, o Brasil utiliza apenas 7% de seu território para agricultura, valores muito abaixo de outros países produtores como, por exemplo, os Estados Unidos, que utilizam 18,5% de seu território para este fim. As estimativas de crescimento da produção também estão alinhadas com uma maior produtividade. Para 2030, a previsão é de um crescimento de 27,1% da produção, saltando de 262.130 milhões de toneladas na safra 2020-2021, para 333.087 milhões na safra 2030-2031, enquanto a previsão de aumento de área plantada é de 17,6%.
Na pecuária, o crescimento do rebanho brasileiro contrasta com a redução das áreas de pastagem. “Utilizamos cada vez menos áreas e conseguimos manter um rebanho cada vez maior”, destaca Moresco. Para o presidente, Goiás tem se mostrado um polo agropecuário moderno e responsável dentro do cenário nacional. “Não deixamos nada a desejar para outros estados brasileiros”, avalia.