Começou o Curso Oficial de Capacitação de Classificadores de Produtos de Origem Vegetal com habilitação em algodão em pluma no último dia 14 de junho. Ao todo, são 63 participantes de várias regiões do Brasil, a maioria já envolvida na cultura do algodão.
Devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, esta primeira fase ocorre de forma remota e aborda Conhecimentos Gerais (Legislação), com término previsto para o dia 3 de julho, quando começa a fase teórica de Conhecimentos Específicos na segunda-feira seguinte, dia 5.
A primeira fase tem foco nas leis, decretos, portarias e instruções normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) relativas à Classificação de produtos de origem vegetal. A Segunda fase vai mergulhar na Instrução Normativa nº 24, de 14 de julho de 2016, do Mapa, que estabelece o Regulamento Técnico do Algodão em Pluma, definindo o seu padrão oficial de classificação, com os requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem, nos aspectos referentes à classificação do produto, na forma desta Instrução Normativa e seus Anexos de I a XII.
Na fase de Conhecimentos Gerais, será utilizado o sistema da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), onde as aulas ficarão disponíveis em portal próprio da Enagro durante um determinado período. Após assistirem às aulas no portal da Enagro e estudarem as apostilas, os participantes passarão por uma avaliação e precisam atingir nota igual ou superior a 70 para estarem aptos a prosseguir com o curso.
A fase teórica de conhecimentos específicos também ocorre remotamente por meio da plataforma “Zoom”, sob o comando do instrutor (quem é?). As aulas serão gravadas e disponibilizadas aos participantes via Google Drive.
Etapa final
O formato presencial fica somente para a parte prática da fase de conhecimentos específicos. A Casa do Algodão, em Goiânia, vai receber os participantes do curso em pequenos grupos, garantindo o distanciamento e segurança de todos. Nesta etapa, os participantes terão contato com a pluma do algodão para analisar defeitos, manchas, contaminações e determinar o tipo conforme a tipologia oficial. Além disso, terão contato com os equipamentos de análise de pluma em HVI, aprender a calibrar e limpar as máquinas e analisar a pluma. A etapa compreende ainda o contato com o algodão nas análises visual e tecnológica.
Para o gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Agopa, Rhudson Assolari, a realização do curso é uma vitória para toda a cadeia produtiva de algodão. “A pandemia nos fez adiar o curso por um ano. A demanda dos produtores e do mercado por estes profissionais é grande, visto que a classificação da pluma é fundamental para o estabelecimento de preços e conquista de mercados”, declara.
Diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho ressalta que as tratativas para se chegar a um formato eficiente e seguro. “Estabelecemos um formato que garanta o aprendizado dentro de um formato híbrido de ensino. Acredito que este é um modelo que tem tudo para dar certo”, avalia.