A Câmara Temática ‘O Agro é de Todos’ realizou encontro no dia 31 de maio em Goiânia. Promovida pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a reunião da Câmara Temática de Estratégia, Competitividade e Políticas Públicas do Agronegócio do Estado de Goiás, ocorreu na sede da Seapa, e contou com a presença de representantes de mais de 40 entidades do setor agropecuário que integram o Conselho Consultivo do Agro. Esta é a primeira reunião de trabalho desde a criação da Câmara, no dia 29 de março. Os produtores de algodão de Goiás estiveram representados pelos diretores executivos da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Dulcimar Pessatto Filho, e do Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão em Goiás (Fialgo), Paulo César Peixoto; além do gestor do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Fernando Rati.
Em pauta, a avaliação das principais diretrizes que norteiam o desenvolvimento agropecuário no estado e no fortalecimento do setor em Goiás. A apresentação e apreciação da minuta do Plano Plurianual (PPA) da Seapa também foi assunto do encontro, além da certificação para agregação de valor e alcance de novos mercados e Sistema Integrado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Siapa).
De acordo com o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, esses encontros permitem construir um direcionamento para as principais demandas voltadas para o agronegócio e que impactam no desenvolvimento econômico e social de Goiás. O secretário destaca que a partir das reuniões da câmara temática, o governo e as entidades representativas poderão atuar de forma eficiente, transparente e responsável na condução de atividades, ações, projetos e políticas públicas. “A agropecuária é a principal atividade econômica em vários municípios goianos e pretendemos ampliar esse protagonismo. Vamos mostrar que o agro é de todos”, enfatiza.
Fernando Rati destacou que a certificação em sustentabilidade, como é feito pelo Programa ABR, é uma ferramenta que possibilita acesso a novos mercados, maior conscientização dos diferentes elos da cadeia produtiva aos princípios de sustentabilidade e, principalmente, resguardo do produtor nos quesitos sociais, ambientais e econômicos que envolvem sua atividade. “O Algodão Brasileiro Responsável, que atingirá 80% da produção nacional ao final da safra 2018/19, é um caso de sucesso e fazemos questão de mostrar as vantagens desse programa para incentivar outras culturas agrícolas e pecuárias”, declara.
Dulcimar Pessatto Filho afirma que o setor do algodão tem muito a contribuir com a pauta do agro em geral. Assim como o Programa ABR, diz, a cotonicultura tem excelentes programas de capacitação em gestão administrativa e financeira, um sistema de rastreamento avançado e de análise de qualidade laboratorial. “Todas essas ferramentas podem contribuir para que o agronegócio seja cada vez mais profissionalizado, detentor de novas tecnologias e competitivo no mercado mundial. Os setores produtivos, quando integrados, tentem a crescer e se desenvolver”, conclui. A proposta é que a câmara temática se reúna a cada 60 dias.
Paulo César também acredita que a experiência do setor do algodão, em que as instituições de classe dos próprios produtores executam projetos de controle de pragas e qualidade, entre outros, podem contribuir com os demais setores da agricultura. “Cada cultura agrícola precisa conhecer suas necessidades e dificuldades. Temos trabalhado isso há vinte anos, com resultados muito interessantes”, resume.