A edição de 2019 do Clube da Fibra reuniu mais de 450 participantes entre os dias 15 e 18 de maio, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. O evento foi uma oportunidade para se discutir o futuro da produção de algodão no Brasil, as conquistas dos últimos anos e os desafios para as próximas safras.
Para o presidente da Associação Goiana de Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Alberto Moresco, o evento refletiu o momento diferente em que passa a cotonicultura brasileira: “Agora somos o segundo maior exportador do mundo”. Para Moresco, apesar de representar uma grande conquista, o título representa um desafio de se manter como segundo maior e buscar o aumento das exportações. “As preocupações envolvem os estoques internacionais, financiamento da safra, escoamento portuário, manutenção da qualidade da fibra e uma série de outros fatores”, explica.
Os desafios não intimidaram as lideranças do algodão presentes no evento, que instituíram a meta de o Brasil liderar as exportações mundiais de algodão em 2030. “Precisamos conquistar mercados. Para isso, temos que ter um bom relacionamento com os parceiros internacionais e conseguirmos exportar durante os 12 meses do ano”, pontua. A manutenção dos preços em um patamar razoável também é um fator determinante para o produtor brasileiro, que não possui subsídios governamentais e precisa manter a sustentabilidade econômica do seu negócio, assim como nos aspectos ambiental e trabalhista.
Homenagem
A FMC agrícola aproveitou o encontro para homenagear a Agopa pelos seus 20 anos. Em 14 de dezembro de 1999, um grupo de agricultores do município de Santa Helena fundou a Agopa: instituição sem fins lucrativos, com o objetivo de unir, congregar, representar, assistir, orientar, organizar e defender os direitos dos associados, estimulando o desenvolvimento técnico, profissional e social dos cotonicultores do estado de Goiás.
Para o diretor executivo da Agopa, Dulcimar Pessatto Filho, que participou de toda a programação, a homenagem à Agopa reflete o empenho de produtores, técnicos, pesquisadores, administradores e demais profissionais que trabalham há duas décadas para que a cultura do algodão se desenvolva em Goiás. “Quem acompanha o nosso trabalho percebe o profissionalismo e dedicação que a Agopa e seus parceiros dedicam à produção da pluma, com qualidade e sustentabilidade”, ressalta.
Também foram homenageadas as associações brasileira (Abrapa), paulista (Appa), sul-mato-grossense (Ampasul) e mineira (Amipa) de produtores. A Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa) recebeu homenagem por seus 21 anos de existência. Todas receberam um quadro em agradecimento ao trabalho realizado junto aos produtores.