Diretores da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e do Instituto Goiano de Agricultura (IGA) passaram por uma maratona de discussões em um workshop sobre planejamento estratégico. O encontro foi realizado nos dias 13 e 14 de agosto, na Casa do algodão, em Goiânia, e ficou a cargo do consultor e mestre em economia rural, Mardônio Botelho Filho, que trabalhou temas como os conceitos de planejamento estratégico e como se dá seu entendimento.
Foram abordados conceitos que traduzem o que significa planejamento estratégico, técnicas para seu desenvolvimento e as etapas a serem seguidas. A análise organizacional dos ambientes interno e externo, com seus riscos e potencialidades, foi um dos enfoques que mais receberam atenção, visto as múltiplas variáveis que compõem todo o universo da produção e comercialização da pluma. Na terça-feira, dia 14, o encontro se voltou para as áreas estratégicas, objetivos e programas.
Para o presidente da Agopa e do IGA, Carlos Alberto Moresco, o workshop foi um passo importante, com ideias de todos os diretores para traçar o futuro das duas instituições. “Traçamos caminhos e metas a seguir. Independente de quem assumir, haverá um rumo, o que dá segurança e conforto para avançarmos pelos próximos anos”, explicou.
Já para o diretor executivo das duas instituições, Dulcimar Pessatto Filho, o planejamento é essencial para se preparar a possíveis infortúnios, seja na lavoura, seja no mercado internacional. “Com uma estratégia definida e bem pensada, é possível enfrentar as adversidades e reduzir danos “, comenta.
SBRHVI
Houve também um enfoque na mobilização dos produtores para a adesão ao programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), de padronização da classificação da pluma no Brasil. O programa foi apresentado em detalhes para a diretoria da Agopa, durante o workshop para desenvolvimento do plano estratégico da instituição. O programa tem como objetivo garantir o resultado de origem e, consequentemente, dar credibilidade e transparência para os resultados de análise de HVI realizados pelos laboratórios de classificação instrumental que operam no Brasil.
A apresentação ficou a cargo do gestor do programa, Edson Mizoguchi. Ele explica que, para alcançar este objetivo, foi criado o Centro Brasileiro de Referência em Algodão (CBRA) e seus programas específicos de checagem, reteste, verificação Interna, interlaboratorial e de certificação internacional. O SBRHVI possui ainda um banco de dados da qualidade do algodão, integra e se comunica com os sistemas de dados, identificação, rastreabilidade e sustentabilidade do algodão (SAI/Sinda/ABR) e publica as características da fibra pelo portal da Abrapa.
Com a estrutura central definida, os laboratórios associados pelo país passaram a receber orientações por meio de visitas técnicas, treinamentos e um feedback diário. Desta forma, o programa monitora os laboratórios participantes por meio do CBRA. Todos os participantes estão integrados no sistema e têm seus procedimentos cada vez mais harmonizados.
É importante para o Brasil ter a confiança do mercado internacional nos resultados das análises de seus laboratórios. Para que o SBRHVI tenha sucesso, é fundamental que cada produtor faça sua adesão e utilize o programa. Assim, cabe ao produtor aderir ao SBRHVI, integrando as informações das análises de sua produção às do Centro Brasileiro de Referência em Algodão (CBRA) e com a chancela da Abrapa para oferecer seu produto no mercado.